Será que a Análise do Comportamento Aplicada, também conhecida como Terapia ABA, pode auxiliar na prevenção de problemas comportamentais?
Antes de responder esta pergunta, é importante saber o que significa “comportamentos interferentes”. São comumente confundidos com “birra”, mas se referem a comportamentos que podem competir com outros aprendizados importantes para o indivíduo e comportamentos mais severos que representam risco à integridade física da pessoa dentro do espectro ou de terceiros.
De acordo com Higbee e Pellegrino (2018) os problemas comportamentais severos se desenvolvem pela dificuldade que pessoas dentro do espectro autista têm em satisfazer as suas vontades e necessidades básicas por meio da linguagem oral e de outras formas de comunicação.
Sendo assim, o comportamento-problema pode impactar diversas frentes do desenvolvimento da pessoa autista afetando o aprendizado, a interação social, o bem-estar e a saúde.
Fonseca e Pacheco (2010), reforçam que o comportamento é o resultado da interação organismo-ambiente, só podendo ser entendido a partir da identificação das circunstâncias em que ocorre. O comportamento é, então, uma unidade interativa que deve ser investigada sistematicamente.
Higbee e Pellegrino (2018) enfatizam que o primeiro passo a ser dado no tratamento de comportamentos-problema é a identificação de suas causas ambientais. Em outras palavras, compreender a função do comportamento.
A partir da análise funcional do comportamento da criança é possível entender porque, onde e quando o comportamento ocorre e assim, planejar possíveis estratégias para a redução deles.
Depois de mapeados esses comportamentos e seus motivadores, o terapeuta se utilizará de estratégias antecedentes (antes do comportamento acontecer) e consequentes (depois do comportamento acontecer) como forma de prevenir que os comportamentos-problema aconteçam e se estabeleçam.
Vale ressaltar que a avaliação deve ser realizada por um profissional e que as estratégias são individualizadas, pensadas de acordo com as necessidades de cada estudante.
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Referência bibliográfica:
https://www.ama.org.br/site/wp-content/uploads/2017/08/Prevencaointervencaoabrangenteavaliacaofuncionalemudancasistemica.pdf – acessos em 05 abr. 2023.
FONSECA, Rochele Paz; PACHECO, Janaína Thaís Barbosa. Análise funcional do comportamento na avaliação e terapia com crianças. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo , v. 12, n. 1-2, p. 1-19, jun. 2010 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452010000100001&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 05 abr. 2023.
HIGBEE, T.; PELLEGRINO, Estratégias Analitico-Comportamentais para o tratamento de comportamentos-problema severos. In: Sella, A.; Ribeiro, D. Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista. 1. ed. Curitiba: Appris, 2018.