Você já parou para pensar sobre o quão importantes são as habilidades adaptativas em nossa vida cotidiana? Seja no ambiente de trabalho, durante os estudos, em situações inesperadas ou, de maneira ainda mais significativa, para pessoas autistas, essa habilidade revela-se uma ferramenta poderosa.
O que são habilidades adaptativas?
As habilidades adaptativas referem-se à nossa capacidade de ajustar e responder positivamente às demandas e desafios que enfrentamos diariamente.
O comportamento adaptativo é um conjunto de habilidades conceituais, sociais e práticas desenvolvidas pelo sujeito para funcionar frente às demandas da vida diária, de modo a responder às situações particulares do seu ambiente físico e social. Várias competências estão implicadas no conceito de habilidades adaptativas:
- a) Habilidades Conceituais – linguagem receptiva e expressiva, letramento e escrita, numeramento, conceitos de dinheiro e tempo, comportamento autônomo e independente, dentre outros.
- b) Habilidades sociais – responsabilidade social, prudência (cautela), autoestima consistente, capacidade de solucionar problemas, etc.
- c) Habilidades Práticas – autocuidado como, por exemplo, preparar alimento, alimentar-se, deslocar-se, higienizar-se e vestir-se. Além de cuidados com a saúde, cumprimento de rotinas, uso de equipamentos e recursos como telefones, dentre outros.
Para pessoas que estão dentro do espectro autista, as habilidades adaptativas desempenham um papel ainda mais significativo. Geralmente as pessoas autistas possuem dificuldades em planejar, organizar e enfrentar as mudanças. Na vida adulta, podem ter dificuldades de estabelecer sua independência devido à rigidez e às dificuldades com relação à algo novo.
Como a Terapia ABA pode ajudar?
É fundamental considerar e apoiar o desenvolvimento dessas habilidades em pessoas autistas, promovendo um ambiente inclusivo que valoriza as diferentes formas de aprendizagem e interação social.
Na Terapia ABA, a avaliação tem o objetivo de identificar aptidões e competências, bem como áreas nas quais a pessoa autista possui déficit/dificuldade. Neste contexto, o profissional avalia também o nível de motivação e prontidão para a realização de cada tarefa.
Depois de realizada a avaliação, é elaborado um Plano de Ensino Individualizado com objetivos a curto, médio e longo prazo bem definidos. As habilidades a serem ensinadas e as estratégias para tal também devem estar apresentadas no relatório.
O analista do comportamento e terapeutas implementam as estratégias de ensino durante as sessões de terapia, coletam dados e avaliam os resultados constantemente para acompanhar o desenvolvimento.
Referências Bibliográficas:
https://www.canalautismo.com.br/artigos/habilidades-adaptivas-autismo/
DÉO, Adriana Fortes; PEREIRA, Jeanete Aparecida Ferri. A triangulação entre deficiência intelectual, funcionalidade humana e apoios. Revista DICA, Agudos, n. 4. https://www.revistafaag.com.br/revistas_antiga/upload/4_87-266-1-PB.pdf