A relação entre humanos e cães remonta a milênios. Esses companheiros conquistaram um lugar especial em nossos corações, não apenas como animais de estimação, mas como parceiros valiosos em nossa jornada.
As pessoas autistas têm encontrado nos cães de assistência uma fonte de apoio e conforto. Você sabia?
Para muitas pessoas autistas, a comunicação e a interação social podem ser desafios significativos. Os cães de assistência atuam como facilitadores nesse contexto, uma vez que proporcionam uma presença constante e confiável.
Atualmente existem terapias que incorporam animais com objetivo de proporcionar benefícios terapêuticos e, consequentemente, melhoria na saúde e bem estar da pessoa autista, como, por exemplo, a Terapia Assistida por Animais (TAA).
A TAA visa promover a saúde física, emocional e social do indivíduo ao introduzir um animal em seu processo terapêutico. Essa intervenção é guiada a partir de objetivos, planejamento, estruturação e documentação.
Redução da ansiedade e regulação emocional
Mudanças na rotina, ambientes desconhecidos e estímulos sensoriais intensos podem causar níveis elevados de estresse. Os cães de assistência são treinados para detectar sinais de ansiedade e agir como um suporte emocional.
Além disso, a interação física com um cão libera ocitocina, o “hormônio do amor”, que ajuda a acalmar o sistema nervoso e a reduzir o estresse, contribuindo para a regulação emocional.
Facilitando a comunicação e a interação social
Motivados pela presença do cão, as crianças pode apresentar alto nível de engajamento nas atividades, demonstrando por exemplo, interesse, atenção e perseverança para realizar as atividades com o animal, mesmo com dificuldades motoras ou cognitivas.
Roma (2015) reconhece que crianças autistas podem se beneficiar da convivência com os cães, mas afirma que é importante conhecer a história de vida de cada criança, avaliando inclusive se esta relação desperta sentimento de medo exacerbado, se a convivência direta com o animal é indicada ou mesmo se é aconselhável sugerir sua inserção na Terapia Assistida por Animais (TAA).
Vale destacar também que muitos fatores influenciam diretamente na relação da criança autista com o cão de assistência, sendo eles: diagnóstico e as demandas específicas de cada indivíduo, a abordagem teórica, a postura do condutor e o temperamento do cão.
Mas uma coisa é certa: seja através do apoio emocional ou da ajuda prática, eles são verdadeiros heróis de quatro patas, auxiliando no desenvolvimento e no bem-estar das crianças, tornando suas jornadas um pouco mais suaves e especiais. Sua presença é um lembrete constante de como a conexão entre humanos e animais pode ser profundamente terapêutica e transformadora.
–
Referências bibliográficas:
https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/10460
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-10052016-150241/en.php