Hoje é celebrado o Dia da Escola, data estabelecida pelo Congresso Nacional com o objetivo de homenagear essa instituição tão fundamental para a sociedade e para a formação de todas as pessoas.
No contexto das crianças autistas, o ambiente escolar é muito importante. Como já mencionamos aqui no nosso blog, para além das questões acadêmicas, a escola proporciona um contexto rico para o desenvolvimento de habilidades comunicativas e sociais. Inclusive a inclusão escolar de pessoas autistas é um direito assegurado pela Lei Berenice Piana (Lei Nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012).
Mas como promover um ambiente propício para o ensino de crianças autistas? A Análise do Comportamento Aplicada pode ajudar?
De acordo com Oliveira (2020, p. 3), “o conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com seu desenvolvimento e potencial, de acordo com a sua idade e de acordo com o seu interesse; o ensino é o principal objetivo a ser alcançado, e sua continuidade é muito importante, para que elas se tornem independentes. Trabalhar com alunos autistas exige o desenvolvimento de práticas e estratégias pedagógicas que acolham todos e respeitem as diferenças.”
Desta forma, cada estudante deve ter o seu plano educacional individualizado, com objetivos claros, onde analistas do comportamento e terapeutas, juntamente com os professores e a equipe pedagógica, estabelecem procedimentos que impactam diretamente no desenvolvimento da criança.
O uso de reforçadores – conceito que na Terapia ABA se refere aos fatores que são responsáveis por aumentar a probabilidade de determinado tipo de comportamento ocorra novamente no futuro – é uma estratégia que pode ser aplicada ao dia a dia escolar.
Brinquedos, letras e números fixados na parede, livros com ilustrações e cartazes com figuras são artifícios que podem ser adotados com função reforçadora para as crianças autistas. Vale ressaltar que é preciso levar em consideração o repertório comportamental de cada criança e avaliar o que é reforçador para ela.
A Terapia ABA aplicada ao ambiente educacional, no entanto, não se limita ao momento do ensino em si, quando o terapeuta está em sala com a criança, mas também ao momento anterior ao aprendizado propriamente dito.
A ABA, por ser uma intervenção que visa o ensino de comportamentos importantes e funcionais para cada indivíduo, possibilita que a criança autista desenvolva habilidades acadêmicas, de comunicação e sociais no ambiente escolar, além de estimular autonomia e independência.
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Referências:
https://bebe.abril.com.br/desenvolvimento-infantil/por-que-o-dia-da-escola-e-comemorando-em-15-de-marco/
OLIVEIRA, Francisco Lindoval. Autismo e inclusão escolar: os desafios da inclusão do aluno autista. Revista Educação Pública, v. 20, nº 34, 8 de setembro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/34/joseph-autismo-e-inclusao-escolar-os-desafios-da-inclusao-do-aluno-autista
https://blog.ieac.net.br/entenda-a-importancia-dos-reforcadores/