O auxílio dos cães de assistência para pessoas autistas

A relação entre humanos e cães remonta a milênios. Esses companheiros conquistaram um lugar especial em nossos corações, não apenas como animais de estimação, mas como parceiros valiosos em nossa jornada. As pessoas autistas têm encontrado nos cães de assistência uma fonte de apoio e conforto. Você sabia? Para muitas pessoas autistas, a comunicação e a interação social podem ser desafios significativos. Os cães de assistência atuam como facilitadores nesse contexto, uma vez que proporcionam uma presença constante e confiável. Atualmente existem terapias que incorporam animais com objetivo de proporcionar benefícios terapêuticos e, consequentemente, melhoria na saúde e bem estar da pessoa autista, como, por exemplo, a Terapia Assistida por Animais (TAA). A TAA visa promover a saúde física, emocional e social do indivíduo ao introduzir um animal em seu processo terapêutico. Essa intervenção é guiada a partir de objetivos, planejamento, estruturação e documentação. Redução da ansiedade e regulação emocional Mudanças na rotina, ambientes desconhecidos e estímulos sensoriais intensos podem causar níveis elevados de estresse. Os cães de assistência são treinados para detectar sinais de ansiedade e agir como um suporte emocional. Além disso, a interação física com um cão libera ocitocina, o “hormônio do amor”, que ajuda a acalmar o sistema nervoso e a reduzir o estresse, contribuindo para a regulação emocional. Facilitando a comunicação e a interação social Motivados pela presença do cão, as crianças pode apresentar alto nível de engajamento nas atividades, demonstrando por exemplo, interesse, atenção e perseverança para realizar as atividades com o animal, mesmo com dificuldades motoras ou cognitivas. Roma (2015) reconhece que crianças autistas podem se beneficiar da convivência com os cães, mas afirma que é importante conhecer a história de vida de cada criança, avaliando inclusive se esta relação desperta sentimento de medo exacerbado, se a convivência direta com o animal é indicada ou mesmo se é aconselhável sugerir sua inserção na Terapia Assistida por Animais (TAA). Vale destacar também que muitos fatores influenciam diretamente na relação da criança autista com o cão de assistência, sendo eles: diagnóstico e as demandas específicas de cada indivíduo, a abordagem teórica, a postura do condutor e o temperamento do cão. Mas uma coisa é certa: seja através do apoio emocional ou da ajuda prática, eles são verdadeiros heróis de quatro patas, auxiliando no desenvolvimento e no bem-estar das crianças, tornando suas jornadas um pouco mais suaves e especiais. Sua presença é um lembrete constante de como a conexão entre humanos e animais pode ser profundamente terapêutica e transformadora. – Referências: https://ojs.revistasunipar.com.br/index.php/saude/article/view/10460 https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-10052016-150241/en.php
Individualização do Plano de Intervenção na Terapia ABA: com o bHave pode ajudar?

Cada criança tem habilidades, interesses e desafios individuais. E dentro do universo do Transtorno do Espectro Autista não é diferente. Na Terapia ABA o plano de intervenção é individualizado e tem como ponto de partida uma avaliação completa do repertório da criança. A partir dos resultados, são planejados os procedimentos de ensino, visando o desenvolvimento de habilidades relevantes. À medida que o terapeuta aplica os programas de ensino previamente descritos em relatório, observa a evolução da criança em cada atividade realizada e identifica possíveis problemas de adaptação. Por isso, a necessidade de uma revisão periódica para atender às necessidades de seu estudante. O Plano de intervenção individualizado na terapia ABA traz uma série de benefícios: Possibilidade de acompanhamento mais efetivo; Foco nas habilidades de cada criança; Adaptação à funcionalidade de cada criança; Possibilidade de envolvimento de toda a família; Em uma intervenção baseada em ABA, o terapeuta deve dar instruções claras e diretas à criança, fornecer dicas necessárias para o ensino de uma habilidade e aumentar a motivação por meio do reforço (seja algum brinquedo, objeto que a criança goste ou elogios). Além de definir e medir continuamente os comportamentos-alvos. Dessa forma, o acompanhamento das informações é muito útil na análise do progresso individual da criança e na orientação da tomada de decisões em relação aos programas de intervenção e as possíveis estratégias que melhor promovem a aquisição de habilidades necessárias para cada criança. Conte com o bHave O bHave é o software criado especialmente para Análise do Comportamento Aplicada ao autismo, com o mínimo de cliques entre aplicação e resultados. A plataforma auxilia os terapeutas na organização de seus planos de intervenção para atender às necessidades específicas de cada criança. Além disso, o bHave centraliza as informações de forma simples. Assim, o Terapeuta pode acompanhar a evolução da criança e ter as principais informações em poucos cliques. Número de tentativas totais x tentativas realizadas Gráficos de respostas apresentados por tipo e ao longo do tempo Comparativo entre cada resposta Filtros para escolher quais respostas visualizar e possibilidade de filtrar também entre períodos específicos. Dessa maneira, o plano de intervenção é seguido à risca, com organização e claro: levando em conta a individualidade de cada criança autista que se desenvolve a partir da Terapia ABA. Quer saber mais sobre como usar o bHave no seu dia a dia? Nosso time de especialistas está pronto para te fazer uma demonstração. Clique aqui e fale conosco! Referência Bibliográfica: SOUSA, Deborah Luiza Dias de et al . Análise do comportamento aplicada: a percepção de pais e profissionais acerca do tratamento em crianças com espectro autista, São Leopoldo , abr. 2020 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-34822020000100007&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 06 de agosto de 2023.
Vantagens das terapias comportamentais para o autismo

Dentre as diversas abordagens existentes para o desenvolvimento da pessoa autista, as terapias comportamentais são as mais utilizadas, já que visam analisar cada caso de forma individual e buscar ações efetivas para que o indivíduo desenvolva suas habilidades. Um dos principais diferenciais das terapias comportamentais direcionadas para o autismo, é que elas buscam incluir não apenas a pessoa autista, mas todos aqueles que estão a sua volta como, por exemplo: mãe, pai, irmãos, professores, terapeutas ocupacionais, psicopedagogas, neurologistas, psiquiatras, nutricionistas, fisioterapeutas, entre outros profissionais. Terapias comportamentais são realmente benéficas? A resposta é sim! As vantagens das intervenções comportamentais para pessoas com autismo são diversas. Através delas, são trabalhados a dificuldade de interação e comunicação, movimentos e discursos repetitivos, regulação de humor, além do estímulo ao desenvolvimento de comportamentos sociais e na melhora de quadros de ansiedade. A Terapia ABA A Terapia ABA é uma das mais conhecidas nos casos de autismo por se tratar de uma intervenção baseada em evidências científicas. A ABA aplica os princípios da Análise do Comportamento para que ocorram mudanças significativas e relevantes na vida de pessoas dentro do espectro autista, trabalhando diferentes questões, como: Linguagem Comunicação Habilidades sociais e de brincar Habilidades acadêmicas Segundo Lear (Lear, pg. 10, 2004), na ABA, uma vez que um comportamento é analisado, um plano de ação pode ser implementado para modificá-lo. A Terapia ABA concentra-se na análise objetiva do comportamento observável e mensurável. Ou seja, para lidar adequadamente com os comportamentos, os terapeutas partem do princípio da observação e da causa raiz de cada comportamento, entendendo as suas funções. Como também afirma Lear (2004), na Terapia ABA modificar um comportamento significa mudar os eventos ambientais (antecedentes e consequências) sob os quais ele ocorre. Para fazer isto, precisamos entender bem a relação funcional entre essas condições e o comportamento. Em outras palavras, o comportamento que está acontecendo tem alguma função para a pessoa, ou não estaria acontecendo. Dessa forma, é possível afirmar que as terapias comportamentais possuem fundamental relevância para o desenvolvimento da pessoa autista. Sobretudo a intervenção comportamental baseada em Análise do Comportamento Aplicada. No que se refere a Terapia ABA, quanto mais rápido a criança iniciar a intervenção, com auxílio de uma equipe multi e interdisciplinar engajada e orientada, mais rápido ela tende a se desenvolver, ao passo que aprende habilidades importantes para a sua autonomia e qualidade de vida. Referências: LEAR, Kathy. Um Programa de Treinamento em ABA (Análise do Comportamento Aplicada) em ritmo auto-estabelecido. Canada, 2a edição, 2004.
O que os pais de crianças autistas precisam saber sobre a terapia ABA?

Nós que fazemos o bHave sempre gostamos de ressaltar a importância da participação da família no processo de intervenção comportamental. Como já citamos aqui no nosso blog, a participação dos pais é fundamental para que eles consigam inclusive reconhecer o que está sendo ensinado a seus filhos e identificar esses comportamentos em outros ambientes, dando continuidade às atividades que estão sendo trabalhadas em contexto de terapia. Mas o que os pais das crianças autistas precisam saber sobre a Terapia ABA? A Terapia ABA é uma ciência! Ela se baseia em evidências científicas, sendo considerada uma das mais efetivas para pessoas dentro do espectro autista Quando uma criança autista aprende um comportamento em ambiente controlado (clínica, por exemplo) é muito importante que também consiga emitir esse comportamento em outros ambientes (em casa, por exemplo). Os pais têm papel essencial no processo de generalização. A saúde mental de pais e familiares de pessoas autistas precisa ser levada a sério. A família é responsável pelos cuidados da criança na maior parte do tempo e, por isso, também deve ser vista como um dos focos da intervenção. Na Terapia ABA são ensinados comportamentos socialmente relevantes e funcionais para o indivíduo, a fim de que tenha uma melhor qualidade de vida. O plano de ensino é individualizado e as intervenções são baseadas em princípios científicos do comportamento. A ABA envolve observação direta do comportamento, registro das oportunidades de ensino e apresentação de resultados a partir de gráficos. Decisões são tomadas na terapia a medida que a equipe analisa esses dados. Para que ocorram mudanças significativas no ambiente da criança, as pessoas próximas a ela têm que ter treinamento adequado pela equipe ABA e um caminho aberto para a comunicação. Você é um Terapeuta ABA? Quais são as principais dificuldades encontradas por você para incluir a família na terapia? Conte com o bHave No bHave o Terapeuta ABA e a família estão sempre conectados! Com a função “acesso dos pais”, é possível visualizar dados de respostas, acompanhar: . Número de tentativas totais X tentativas realizadas . Gráficos de respostas apresentados por tipo, ao longo do tempo e um comparativo entre elas . Possibilidade de filtrar quais respostas deseja visualizar e escolher períodos específicos. . Ter acesso ao número de atendimentos realizados em um período . Conferir por contagem e porcentagem como ficaram distribuídos entre os terapeutas da equipe . Acompanhar essa evolução semana a semana, a cada dia do mês e hora Viu só? Com o bHave fica fácil acompanhar de perto o desenvolvimento do seu filho e participar de cada etapa com envolvimento.Agende a sua demonstração gratuita e saiba como o bHave pode fazer a diferença na sua intervenção. Clique aqui e fale conosco!
O que é necessário para implementar bem uma terapia comportamental para o autismo?

Você sabe o que é necessário para implementar bem uma terapia comportamental para o autismo? A Terapia ABA é uma ciência, por isso, para serem criadas estratégias que vão ajudar no desenvolvimento da pessoa autista, a intervenção se baseia em vários princípios. Assim, estratégias são traçadas definindo os treinos que serão aplicados em cada caso. Como afirma Petzold (2015), uma intervenção fundamentada na ABA não é formada por um conjunto pré definido de tarefas, procedimentos ou regras. A intervenção leva em conta, invariavelmente, a individualidade de cada ser, seu repertório atual e os objetivos de cada intervenção. A Análise do Comportamento Aplicada oferece inúmeras alternativas de atendimento para indivíduos autistas. Entender que cada pessoa deve ser tratada de maneira individual é sem dúvidas o ponto de partida para implantar bem uma terapia comportamental para o autismo. Mas outros fatores também norteiam a intervenção! Petzold (2015) afirma que quatro fases que orientam o trabalho da equipe envolvida na intervenção: avaliação comportamental, a seleção de metas e objetivos, elaboração de programas, Intervenção propriamente dita / avaliação constante. Avaliação comportamental → são levantadas através de questionários, entrevistas e observação direta as variáveis ambientais das quais os comportamentos atuais estão funcionalmente relacionados. Seleção de metas e objetivos → são estruturadas metas e objetivos de intervenção a partir do repertório comportamental atual do indivíduo. Elaboração de programas → envolve a criação de procedimentos adaptados às necessidades do indivíduo e aos objetivos estabelecidos. Intervenção propriamente dita / avaliação constante → Dessa aplicação derivam os dados que serão tabulados e revisados constantemente, dando possibilidades de adaptação constante às mudanças individuais. As novas habilidades são, em sua maioria, ensinadas de um para um (terapeuta e estudante) em um ambiente estruturado. Depois elas são introduzidas em contextos naturais, ou seja, em situações que fazem parte da rotina das crianças. As intervenções realizadas ocorrem de maneira sistemática. Importante saber! O número de horas diárias empregadas na intervenção irá depender de cada caso. Além disso, é muito importante contar com o auxílio de uma equipe multidisciplinar que siga os direcionamentos da Terapia ABA. Conte com o bHave! O bHave é o software criado especialmente para Análise do Comportamento Aplicada ao autismo, com o mínimo de cliques entre aplicação e resultados. Nossa plataforma auxilia os terapeutas em seu dia a dia, ao gerar automaticamente gráficos de desempenho e relatórios ao final de um atendimento, oferecendo mais praticidade e agilidade. É um terapeuta e quer saber mais sobre como usar o bHave no seu dia a dia? Nosso time de especialistas está pronto para te fazer uma demonstração. Clique aqui e fale conosco! REFERÊNCIA: PETZOLD, Jozyanne Souza. Autismo e contribuições da análise do comportamento. Faculdades unificadas de teófilo otoni (2015). disponível em: https://dspace.doctum.edu.br/bitstream/123456789/4398/1/OFICIAL%20CORRIGIDA.pdf (Acesso em 11 de maio de 2023).
A Análise do Comportamento Aplicada na prevenção de problemas comportamentais

Será que a Análise do Comportamento Aplicada, também conhecida como Terapia ABA, pode auxiliar na prevenção de problemas comportamentais? Antes de responder esta pergunta, é importante saber o que significa “comportamentos interferentes”. São comumente confundidos com “birra”, mas se referem a comportamentos que podem competir com outros aprendizados importantes para o indivíduo e comportamentos mais severos que representam risco à integridade física da pessoa dentro do espectro ou de terceiros. De acordo com Higbee e Pellegrino (2018) os problemas comportamentais severos se desenvolvem pela dificuldade que pessoas dentro do espectro autista têm em satisfazer as suas vontades e necessidades básicas por meio da linguagem oral e de outras formas de comunicação. Sendo assim, o comportamento-problema pode impactar diversas frentes do desenvolvimento da pessoa autista afetando o aprendizado, a interação social, o bem-estar e a saúde. Fonseca e Pacheco (2010), reforçam que o comportamento é o resultado da interação organismo-ambiente, só podendo ser entendido a partir da identificação das circunstâncias em que ocorre. O comportamento é, então, uma unidade interativa que deve ser investigada sistematicamente. Higbee e Pellegrino (2018) enfatizam que o primeiro passo a ser dado no tratamento de comportamentos-problema é a identificação de suas causas ambientais. Em outras palavras, compreender a função do comportamento. A partir da análise funcional do comportamento da criança é possível entender porque, onde e quando o comportamento ocorre e assim, planejar possíveis estratégias para a redução deles. Depois de mapeados esses comportamentos e seus motivadores, o terapeuta se utilizará de estratégias antecedentes (antes do comportamento acontecer) e consequentes (depois do comportamento acontecer) como forma de prevenir que os comportamentos-problema aconteçam e se estabeleçam. Vale ressaltar que a avaliação deve ser realizada por um profissional e que as estratégias são individualizadas, pensadas de acordo com as necessidades de cada estudante. Como o bHave pode ajudar?O bHave é a ferramenta que auxilia os profissionais a fazer a diferença na vida de cada pessoa com autismo e de suas famílias. Nossa plataforma auxilia os terapeutas em seu dia a dia, ao gerar automaticamente gráficos de desempenho e relatórios ao final de um atendimento, oferecendo mais praticidade e agilidade. Quer saber mais sobre como usar o bHave no seu dia a dia? Nosso time de especialistas está pronto para te fazer uma demonstração. Clique aqui e fale conosco! – Referência bibliográfica: https://www.ama.org.br/site/wp-content/uploads/2017/08/Prevencaointervencaoabrangenteavaliacaofuncionalemudancasistemica.pdf – acessos em 05 abr. 2023. FONSECA, Rochele Paz; PACHECO, Janaína Thaís Barbosa. Análise funcional do comportamento na avaliação e terapia com crianças. Rev. bras. ter. comport. cogn., São Paulo , v. 12, n. 1-2, p. 1-19, jun. 2010 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452010000100001&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 05 abr. 2023. HIGBEE, T.; PELLEGRINO, Estratégias Analitico-Comportamentais para o tratamento de comportamentos-problema severos. In: Sella, A.; Ribeiro, D. Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista. 1. ed. Curitiba: Appris, 2018.
Como o bHave pode ajudar no desenvolvimento da pessoa autista?

A Análise do Comportamento Aplicada (ou Applied Behavior Analysis – ABA, em inglês) é uma ciência baseada em evidências. Através da intervenção com Terapia ABA é possível ampliar o repertório comportamental de pessoas que estão dentro do espectro autista. Os benefícios são muitos: Desenvolvimento da autonomia Melhora na interação e comunicação social Aumento da percepção dos sentidos (paladar, audição, visão, olfato e tato) Promover mais qualidade de vida Quando dizemos que a ABA é uma terapia baseada em evidências, estamos afirmando que ela é realizada seguindo critérios e parâmetros que foram estudados e testados inúmeras vezes. Ou seja, quando um procedimento dentro da intervenção baseada em ABA é proposto, ele já foi previamente testado de forma experimental com rigor científico. Nós acreditamos que todas as pessoas autistas merecem ter qualidade de vida e o máximo de independência possível e a Terapia ABA é a intervenção mais indicada para isso. Foi neste contexto que o bHave foi criado. Unificamos em uma mesma plataforma atividades comuns na Terapia ABA e que demandam bastante tempo dos terapeutas: folhas de registro, coleta de dados, transcrição e digitalização manual dos resultados, criação de gráficos de desempenho. No bHave o Terapeuta tem acesso a folhas de registros digitais e gráficos atualizados automaticamente. De forma simples e em um só lugar, o terapeuta pode acessar informações valiosas de seu estudante – como o número de tentativas totais X tentativas realizadas, gráficos de respostas apresentados por tipo, ao longo do tempo e um comparativo entre elas, com a possibilidade de filtrar quais quer visualizar e escolher períodos específicos. Assim o terapeuta pode realizar todas essas atividades de forma 100% digital e economizar muito tempo. E mais: .É possível mapear o progresso do atendido com dados atualizados .Conferir o histórico completo do estudante e assim definir com efetividade os próximos passos da terapia .Trazer os pais e a família para dentro do processo de intervenção através da função “Acesso dos Pais” .Gerar relatórios com informações detalhadas e atualizadas para a equipe multi e interdisciplinar que acompanha a criança. Nossa plataforma vem para simplificar o acesso à uma intervenção baseada em evidências e a nossa motivação é garantir que os profissionais envolvidos no desenvolvimento da pessoa autista direcionem a atenção total para o acompanhamento de seus estudantes. Quer saber mais sobre como essa tecnologia pode ser útil no seu dia a dia? Nosso time de especialistas está pronto para te fazer uma demonstração. Clique aqui e fale conosco!
Terapia ABA no desenvolvimento de habilidades sociais

Brincar, conversar, interagir… são comportamentos importantes e funcionais em nosso dia a dia e permitem que tenhamos uma melhor qualidade de vida e mais autonomia. O desenvolvimento de tais habilidades pode ser um desafio para pessoas autista. O termo “habilidades sociais” se refere justamente a um conjunto de capacidades comportamentais aprendidas que envolvem interações sociais. De acordo com Asfora (2017), as habilidades sociais podem ser aprendidas durante toda a vida, mas a infância é considerada uma etapa relevante para esse processo de aprendizagem. Para lidar com as demandas e desafios, a criança precisa desenvolver um repertório cada vez mais elaborado de habilidades sociais. É nesse momento que a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) entra em cena! É através dela que os analistas do comportamento planejam e estruturam o ensino de habilidades tão complexas como, por exemplo, responder ao nome, atentar ao outro, iniciar e manter uma conversa, dentre outros. Segundo Carrara e Silva (2010) as habilidades sociais podem ser organizadas em categorias: a) habilidades sociais de comunicação: fazer e responder a perguntas; gratificar e elogiar; pedir e dar feedback nas relações sociais; iniciar, manter e encerrar conversação; b) habilidades sociais de civilidade: dizer “por favor”; agradecer; apresentar-se; cumprimentar; despedir-se; c) habilidades sociais assertivas de enfrentamento: manifestar opinião, concordar, discordar; fazer, aceitar e recusar pedidos; expressar sentimentos; d) habilidades sociais empáticas: parafrasear, refletir sentimentos e expressar apoio; e) habilidades sociais de trabalho: coordenar grupo; falar em público; resolver problemas, tomar decisões e mediar conflitos; habilidades sociais educativas; f) habilidades sociais de expressão de sentimento positivo: fazer amizade; expressar solidariedade etc. Esses comportamentos sociais são ensinados em contexto de terapia e reforçados positivamente, com o objetivo de que se repitam no futuro. Já falamos um pouco sobre reforçadores aqui em nosso blog. Frequência e intensidade são elementos fundamentais no processo de ensino de habilidades sociais para pessoas que estão dentro do espectro autista. Lembrando que cada pessoa é única e o plano de ensino, bem como estratégias devem ser individualizadas. Como o bHave pode ajudar no treino de habilidades sociais? Os profissionais que trabalham com Terapia ABA conseguem cadastrar e aplicar programas de ensinos que contribuem com inúmeras frentes de desenvolvimento de pessoas autistas. O nosso software fornece dados relevantes como, resumo geral das tentativas realizadas durante um período, gráfico de desempenho e detalhes de cada sessão. Além da contagem e comparação das respostas corretas com ajuda e independentes. E mais: o terapeuta consegue desenvolver suas atividades com poucos cliques e, ao terminar o atendimento, ter todos os dados do estudante à disposição de forma atualizada. É um terapeuta e quer saber mais sobre como usar o bHave no seu dia a dia? Nosso time de especialistas está pronto para te fazer uma demonstração. Clique aqui e fale conosco! – Referências: Félix, Amanda Flaviane, Santos, Ane Graciele Lopes dos, Asfora Rafaella. (2017), As habilidades sociais de estudantes com transtorno do Espectro Autista (TEA) na educação infantil https://www.ufpe.br/documents/39399/2403766/FELIX%3B+SANTOS%3B+ASFORA+-+2017.2.pdf/b516e446-6978-450d-972e-62da38997e0c Silva, Alessandra Turini Bolsoni, Carrara, Kester. (2010), Habilidades sociais e análise do comportamento: compatibilidades e dissensões conceitual-metodológicas. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 16, n. 2, p. 330-350, ago. 2010. http://periodicos.pucminas.br/index.php/psicologiaemrevista/article/view/682
O uso da Terapia ABA aplicada ao dia a dia educacional

Hoje é celebrado o Dia da Escola, data estabelecida pelo Congresso Nacional com o objetivo de homenagear essa instituição tão fundamental para a sociedade e para a formação de todas as pessoas. No contexto das crianças autistas, o ambiente escolar é muito importante. Como já mencionamos aqui no nosso blog, para além das questões acadêmicas, a escola proporciona um contexto rico para o desenvolvimento de habilidades comunicativas e sociais. Inclusive a inclusão escolar de pessoas autistas é um direito assegurado pela Lei Berenice Piana (Lei Nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012). Mas como promover um ambiente propício para o ensino de crianças autistas? A Análise do Comportamento Aplicada pode ajudar? De acordo com Oliveira (2020, p. 3), “o conteúdo do programa de uma criança autista deve estar de acordo com seu desenvolvimento e potencial, de acordo com a sua idade e de acordo com o seu interesse; o ensino é o principal objetivo a ser alcançado, e sua continuidade é muito importante, para que elas se tornem independentes. Trabalhar com alunos autistas exige o desenvolvimento de práticas e estratégias pedagógicas que acolham todos e respeitem as diferenças.” Desta forma, cada estudante deve ter o seu plano educacional individualizado, com objetivos claros, onde analistas do comportamento e terapeutas, juntamente com os professores e a equipe pedagógica, estabelecem procedimentos que impactam diretamente no desenvolvimento da criança. O uso de reforçadores – conceito que na Terapia ABA se refere aos fatores que são responsáveis por aumentar a probabilidade de determinado tipo de comportamento ocorra novamente no futuro – é uma estratégia que pode ser aplicada ao dia a dia escolar. Brinquedos, letras e números fixados na parede, livros com ilustrações e cartazes com figuras são artifícios que podem ser adotados com função reforçadora para as crianças autistas. Vale ressaltar que é preciso levar em consideração o repertório comportamental de cada criança e avaliar o que é reforçador para ela. A Terapia ABA aplicada ao ambiente educacional, no entanto, não se limita ao momento do ensino em si, quando o terapeuta está em sala com a criança, mas também ao momento anterior ao aprendizado propriamente dito. A ABA, por ser uma intervenção que visa o ensino de comportamentos importantes e funcionais para cada indivíduo, possibilita que a criança autista desenvolva habilidades acadêmicas, de comunicação e sociais no ambiente escolar, além de estimular autonomia e independência. – Referências: https://bebe.abril.com.br/desenvolvimento-infantil/por-que-o-dia-da-escola-e-comemorando-em-15-de-marco/ OLIVEIRA, Francisco Lindoval. Autismo e inclusão escolar: os desafios da inclusão do aluno autista. Revista Educação Pública, v. 20, nº 34, 8 de setembro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/34/joseph-autismo-e-inclusao-escolar-os-desafios-da-inclusao-do-aluno-autista https://blog.ieac.net.br/entenda-a-importancia-dos-reforcadores/
O que são operantes verbais?

Quando somos muito pequenos, aprendemos a nos comunicar e descobrimos, aos poucos, como a linguagem funciona. Aprendemos, por exemplo, que as palavras podem nos dar acesso a itens que desejamos ou até mesmo a atenção das pessoas que estão próximas a nós. De acordo com Greer e Ross (2008), tais palavras vão se tornando ferramentas fundamentais, e essas ferramentas consistem em comportamentos que afetam ouvintes e falantes. O comportamento verbal é o elemento essencial da aprendizagem humana e, para B. F. Skinner (1957), é um comportamento operante, cuja consequência para o comportamento do falante (quem emite a mensagem) é produzida pelo comportamento do ouvinte (quem recebe a mensagem). Desta forma, o comportamento verbal é aquele cujo reforçamento é mediado por outra pessoa. No livro Comportamento Verbal (1957), B. F. Skinner propõe uma abordagem teórica das funções da linguagem e identifica, assim, os operantes verbais. Skinner propôs um sistema de classificação para descrever algumas das contingências mais frequentemente envolvidas na emissão do comportamento verbal e cada uma delas foi chamada de um operante verbal (Santos, Santos & Marchezini-Cunha, 2012). Os principais operantes verbais são: ecoico, mando, tato, intraverbal, textual e transcrição. Além desses, há o autoclítico como um operante verbal secundário. Os operantes verbais são classificados conforme as condições de estímulos antecedentes (verbais ou não verbais) e consequentes (específicos ou generalizados) que controlam cada resposta. ECOICO Importante quando as crianças estão começando a emitir palavras e no aprendizado de um novo idioma, o ecoico acontece quando um falante emite uma resposta vocal com correspondência ponto a ponto com o estímulo vocal de outra pessoa. Um bom exemplo é quando, em um contexto de ensino, o terapeuta diz “repita depois de mim: gato” e a criança repete, ponto a ponto: “gato”. Com base em Santos, Santos & Marchezini-Cunha (2012), a consequência do comportamento ecoico é chamada por Skinner de “educacional”, sendo, nesse caso, um reforço generalizado. TATO O tato ocorre sob controle de estímulos não verbais como um objeto ou uma figura. A resposta emitida é controlada por um estímulo antecedente específico não verbal e produz como consequência um reforço condicionado generalizado ou estímulos reforçadores não específicos. Ao emitir um tato, o falante está descrevendo ou nomeando objetos, eventos, sensações, imagens, etc. O tato é muito importante, uma vez que envolve respostas de autodescrição e de descrição de contingências. Um bom exemplo é quando, em um contexto de ensino, o terapeuta apresenta a imagem de uma bola e a criança fala “bola”. Após o acerto, a resposta da criança é consequenciada com um elogio (¨muito bem!”). MANDO O mando ocorre sob controle de condições específicas de privação ou da presença de estimulação aversiva e é reforçado pela obtenção do estímulo alvo ou pela remoção de um estímulo. É por meio do mando que as pessoas são capazes de fazer pedidos, formular perguntas, dar conselhos e avisos, solicitar a atenção de alguém, identificar reforços necessitados pelas por outros etc. Um bom exemplo é quando a pessoa, sob controle de privação de água (sede), aponta a água ou fala “me dá água” e recebe um copo de água. INTRAVERBAL O intraverbal é controlado por um estímulo discriminativo verbal, podendo ser vocal ou escrito. O estímulo verbal é a ocasião para que determinada resposta verbal seja emitida, sem correspondência ponto a ponto, e essa resposta é mantida por um estímulo reforçador generalizado. Para Santos, Santos & Marchezini-Cunha (2012), o comportamento intraverbal é de extrema importância nas interações sociais (cumprimentos, conversas, descrições de uma história, dentre outros) e na aquisição de habilidades acadêmicas (responder perguntas, contar, etc). Um bom exemplo é quando, em contexto de ensino, o terapeuta apresenta a questão “cinco mais cinco é igual a…” e a criança responde “dez”. Diante da resposta correta, o terapeuta fala “muito bem!” TEXTUAL No operante verbal textual a resposta verbal do leitor (falante) é controlada pelo texto. O estímulo antecedente é um estímulo verbal escrito ou impresso e a resposta é verbal vocal. Há entre o estímulo e a resposta uma correspondência formal, arbitrariamente estabelecida, e a consequência é um reforço generalizado. O comportamento textual gera repertórios de unidades comportamentais da fala e da leitura. Esse comportamento pode ser favorável por colaborar com a emissão de outros operantes. Um bom exemplo é quando, diante da palavra escrita ou impressa “bola”, a criança fala “bola”. Após o acerto, o terapeuta faz um elogio (¨muito bem!”). TRANSCRIÇÃO Na transcrição, tem-se um estímulo verbal que pode ser sonoro ou escrito e uma resposta verbal, que é sempre escrita. Esse operante verbal ocorre em duas modalidades diferentes: a cópia ou o ditado. A cópia e o ditado são muitas vezes realizados na escola, especialmente nas séries primárias. Na cópia, o estímulo verbal é escrito e a resposta verbal é escrita. Um bom exemplo é quando o aluno lê a palavra “casa” e escreve “casa”. Nesse caso, há similaridade formal entre o estímulo e a resposta. No ditado, o estímulo verbal é sonoro e a resposta verbal é escrita. Um bom exemplo é quando o aluno, ao ouvir a palavra “bola”, escreve “bola”. A consequência é um reforçador generalizado, sendo chamado também de reforço educacional. AUTOCLÍTICO Para Santos e Souza (2017), o operante verbal autoclítico é descrito como secundário, uma vez que sua função depende dos operantes verbais primários acima mencionados. O autoclítico é um operante verbal que age sobre outro operante verbal (primário) do falante, transformando-o e/ou rearranjando-o, de forma a modificar a reação do ouvinte. Ele não envolve apenas palavras, pois podem gerar controle sobre o ouvinte através de expressões faciais, um tom de voz específico, gestos etc. Os tipos de comportamento autoclítico descritos por Skinner são: descritivo, qualificador, quantificador, relacional e manipulativo. REFERÊNCIAS: Greer, R. Douglas; Ross, Denise E. Análise do Comportamento verbal: introduzindo e expandindo novas capacidades em crianças com atraso de libguagem / R. Douglas Greer, Denise E. Ross; tradução Ariela Oliveira Holanda, Anna Beatriz Müller Queiroz. 1. ed. São Paulo: Memmon Edições Científicas, 2021-22. Santos, Bruna C.; Souza, Carlos B. Comportamento Autoclítico: Características, classificações