Em tempos de isolamento social, devido ao Covid-19, clínicas, analistas do comportamento e terapeutas se viram com a necessidade de buscar novas alternativas e desenvolver estratégias para dar continuidade à intervenção baseada em Análise do Comportamento Aplicada (Terapia ABA) com pessoas autistas. Diante do desafio de trabalhar de casa e sem prazo determinado para voltar aos atendimentos presenciais, os profissionais estão adotando algumas modalidades online.
A intervenção baseada em ABA traz excelentes resultados no tratamento de pessoas com autismo e tem como objetivo o ensino de repertórios que são relevantes socialmente, bem como a redução de comportamentos tidos como problemáticos. Tem como característica o ensino intensivo e individualizado, levando em consideração às necessidades de cada pessoa.
A interrupção desta intervenção com pessoas autistas pode trazer uma série de prejuízos, como a falta de manutenção dos repertórios já aprendidos ou até mesmo a inviabilidade de criar oportunidades para o ensino de novas habilidades, importantes para o desenvolvimento.
O atendimento remoto como uma nova possibilidade
A modalidade de atendimento remoto, como nunca antes experimentada nessa proporção – da aplicação dos programas de ensino à supervisão, aponta para uma mudança de paradigma na prática profissional. A internet tem sido a principal ferramenta de comunicação entre profissionais, atendidos e suas famílias, e as sessões, normalmente realizadas por terapeutas de forma presencial, são feitas por meio de tecnologias de vídeo conferência.
Os membros da família, que são essenciais para o bom andamento da Terapia ABA com pessoas autistas, passaram a ter um papel ainda mais ativo durante o processo, ao passo que são treinados pelas equipes de intervenção para aplicar programas de ensino, dar continuidade às atividades acadêmicas propostas pelas escolas e seguir com a rotina da vida diária.
Essa mudança no formato, que se dá pela necessidade da adaptação de analistas do comportamento e terapeutas à nova realidade, aponta para uma real possibilidade de se fazer um trabalho ético, seguindo os princípios fundamentais e responsabilidades de cada profissão, assertivo e consistente, como forma de promover melhorias sociais.
Coleta e análise dos dados para tomada de decisão
A Análise do Comportamento Aplicada é uma intervenção baseada em evidência científica e, por isso, tem como procedimento a sistematização da coleta e análise de dados. Em meio à essa fase de adaptação, analistas do comportamento e terapeutas devem levantar maneiras de realizar a coleta de forma a preservar a integridade dos dados.
O bHave vem para auxiliar os terapeutas na coleta e digitalização dos resultados. Através de uma plataforma digital (Web e App), desenvolvida com base na experiência desses profissionais, o bHave conecta toda a equipe e mantém os dados sincronizados, entregando uma mobilidade que potencializa atendimentos à distância. Em supervisão, a equipe visualiza os gráficos de desempenho e detalhes dos atendimentos de forma simples, podendo tomar decisões que mudarão o curso da terapia.
Terapeutas podem continuar a coleta de dados pelo aplicativo, enquanto fazem as orientações aos familiares que estão aplicando os programas de ensino. Desta forma, conseguem manter a integridade dos dados e fazer as correções necessárias para que o procedimento seja aplicado da forma correta.
É importante ressaltar que os dados precisam ser analisados por profissionais com experiência na área e os programas de ensino estão em constante modificação, podendo ser ajustados rapidamente no bHave, ferramenta indispensável aos terapeutas como suporte tecnológico para manutenção dos atendimentos.